terça-feira, 28 de outubro de 2014

[Opinião] "O Palácio de Inverno", de Eva Stachniak

Sinopse: Quando Vavara, uma jovem órfã polaca, chega à ofuscante e perigosa corte da imperatriz Isabel em Sampetersburgo, é iniciada em tarefas que vão desde o espreitar pela fechadura até à arte de seduzir, aprendendo, acima de tudo, a ser silenciosa - e a escutar.
Chega, então, da Prússia Sofia, uma frágil princesa herdeira, a potencial noiva do herdeiro da imperatriz. Incumbida de a vigiar, Vavara em breve se torna sua amiga e confidente e ajuda-a a mover-se por entre as ligações ilícitas e as volúveis e traiçoeiras alianças que dominam a corte.
Mas o destino de Sofia é tornar-se a ilustre Catarina, a Grande. Serão as suas ambições mais elevadas e de longo alcance? Será que nada a deterá para conquistar o poder absoluto?






Opinião:
Barbara, ou Vavara é uma jovem orfã que, depois do seu pai morrer vai viver para a corte Russa. Este é o principio de uma vida que ela não escolheu. Vavara tem um dom para ouvir tudo e não ser notada. Esta é uma característica que a fará entrar numa vida de espionagem e mentiras. Ela será a espia da Imperatriz Catarina. Quando a princesa alemã Sophie chega à corte para se casar com o Imperador Paulo, Vavara torna-se a sua melhor amiga e uma das pessoas que a irá ajudar a destronar o marido do trono.

São mais de 500 páginas de intrigas e mentiras que nos farão sobressaltar e temer pela vida de Vavara. Ao longo de mais de dez anos veremos a amizade de Vavara e da futura Catarina, a Grande a florescer e mais tarde a esmorecer. Conhecemos Catarina quando ainda era uma jovem ingénua, uma jovem que acreditava no amor e na amizade. Vemos Catarina a tornar-se amarga e vingativa. 

Eva Stachniak foi uma revelação. Este é um livro que se devora em pouco tempo. A escrita da autora é viciante e sem floreamentos. 

Para quando o segundo livro?

Recomendo.

[Opinião] "Divina", de P.C. Cast

Sinopse: Não é um talento para a jardinagem que faz as rosas da família Empousai desabrocharem há séculos, mas sim as gotas de sangue que as mulheres derramam em segredo pelos seus jardins. Mikki, porém, prefere esquecer essa peculiaridade e levar uma vida normal. Até ao dia em que, sem querer, realiza um ritual e acaba num reino estranhamente familiar: o Reino das Rosas. De acordo com Hécate, a deusa desse reino, Mikki tem nas veias o sangue de uma suma sacerdotisa, e o Reino das Rosas já esperava por ela. Num acesso de raiva que Hécate teve muito antes, ela amaldiçoou o seu guardião com um sono do qual ele poderá despertar apenas por intermédio de uma das suas sacerdotisas. E a deusa conta com Mikki para colocar as coisas em ordem. A princípio, o guardião-fera deixa Mikki apavorada; porém, em breve a fascina mais do que qualquer outro homem já conseguiu. A única forma de ele e do reino serem salvos, contudo, é se Mikki sacrificar o seu sangue e a sua vida.



Opinião:
Provavelmente um dos melhores livros que já li de P.C. Cast. A série "Goddess Summoning" é uma das melhores de P.C. Cast. Todas as mulheres já sonharam em acordar um dia e descobrirem serem Deusas. Eu, pelo menos já.

P.C. Cast tem o dom de criar histórias que nos encantam pela sua simplicidade, de criar personagens que nos fazem sentir vontade de as proteger e que também nos fazem emocionar. Tem uma escrita simples e que cumpre bem aquilo a que se propõe: entreter. 

Foi um livro que gostei de ler e espero que continuem a editar esta série cá em Portugal. De preferência com os seus títulos originais e com outras capas.

[Opinião] "Meu Único Amor", de Cheryl Holt

Sinopse: Um belo desconhecido... um coração destroçado... o amor de uma vida.

A jovem Maggie Brown viajou até uma estância balnear, com a esperança de esquecer a dor causada pela recente morte da mãe. Nunca imaginou que a sua agridoce estada a submetesse ao abraço mágico de um misterioso desconhecido, ou que ele apenas lhe deixasse recordações. Contudo, em seguida, por ironia do destino, reuniu-se ao homem que tanto amava - que lhe tinha dado o coração, mas não o seu nome.
Para escapar a pressões familiares, o marquês de Belmont disfarçou-se de plebeu a fim de passar umas férias à beira-mar - e perdeu o coração para uma mulher com quem nunca poderia casar. No entanto, determinado a que nenhum outro homem a possuísse, arrastou-a para um amor apaixonado que em breve se transformou em mágoa. Agora, embora receie que possa ser demasiado tarde, jura convencer Maggie de que trocará sem hesitar o seu legado por toda a vida nos braços dela.


Opinião:
Este é o primeiro e, provavelmente, o último livro que leio de Cheryl Holt.

A relação entre Maggie e o idiota do marquês de Belmont é tudo o que uma relação não deve ser: abusiva, enganadora, possessiva. Maggie é uma menina. Sem tirar nem pôr. Uma menina que se deixou fascinar por um homem mais velho e atraente. Uma menina que sofreu por um homem que a colocou sempre em 2º lugar em detrimento da boa vida e dos seus "deveres" como marquês. Mas o que é um título em comparação com o verdadeiro amor? O nosso pequeno marquês descobriu a resposta a esta pergunta. Mas, na minha opinião, tarde demais.

Cheryl Holt pecou na relação que criou entre estes dois. E no final tentou redimir-se da pior forma possível: matando um dos melhores personagens do livro só para a Maggie e Adam ficarem juntos. Um grande erro.

Esta leitura foi uma má experiência. Tão cedo não cometerei o mesmo erro.

[Opinião] "Corrida Perversa", de Janet Evanovich

Sinopse: A vida pacata de Lizzy Tucker está prestes a ser virada do avesso, quando Diesel, o seu espetacular e maravilhoso parceiro nas investigações do sobrenatural, a desafia para salvar o mundo. Uma vez mais.Depois de terem encontrado a Pedra da Gula, a chef de pastelaria e o mais sexy caçador de recompensas do oculto de Boston continuam à procura das restantes seis pedras Saligia que, segundo as lendas, detêm o poder de cada um dos sete pecados mortais.Quando Gilbert Reedy, professor da Universidade de Harvard, é misteriosamente assassinado e atirado da varanda do 4.º andar da sua casa, pistas ligam o homicídio a Wulf Grimoire, uma figura do lado negro com quem Lizzy e Diesel já se haviam cruzado. Wulf está determinado em reunir as sete pedras para, com o seu poder, dominar o mundo, e desconfia-se precisamente que Reedy foi morto às suas ordens por estar a investigar a Pedra da Luxúria.Seguindo as pistas que constam de um críptico livro de sonetos do séc. XIX, Lizzy e Diesel partem à descoberta da Pedra, que se pensa estar investida do poder da luxúria, deixando atrás de si um rasto de sepulturas profanadas, distúrbios da ordem pública e o caos generalizado. Uma caça ao tesouro divertida, cheia de ação e de leitura imparável, ao estilo inconfundível e original de Janet Evanovich.


Opinião:
Lizzy está novamente em apuros. Depois de, juntamente com Diesel, ter encontrado a Pedra da Gula tem novamente de encontrar outra pedra. A pedra da Luxúria. 

Janet Evanovich escreveu uma série que se lê de um fôlego. É uma série em que não é necessário grande concentração, nem inteligência. As personagens são pouco desenvolvidas e existem algumas que são um pouco irreais. As coisas acontecem muito rapidamente, o que faz com que a acção seja alucinante e pouco desenvolvida.

É um bom entretenimento e serve para limpar a mente. Vou continuar a seguir esta série.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

[Opinião] "O olhar de Sophie", de Jojo Moyes

Sinopse: Somme, 1916. Sophie vive numa vila ocupada pelo Exército alemão, tentando sobreviver às privações e brutalidade impostas pelo invasor, enquanto aguarda notícias do marido, Édouard Lefèvre, um pintor impressionista, que se encontra a lutar na Frente. Quando o comandante alemão vê o retrato de Sophie pintado por Édouard, nasce uma perigosa obsessão que leva Sophie a arriscar tudo – a família, a reputação e a vida. Quase um século depois, o retrato de Sophie encontra-se pendurado numa parede da casa de Liv Halston, em Londres. Entretanto, Liv conhece o homem que a faz recuperar a vontade de viver, após anos de profundo luto pela morte prematura do marido. Mas não tardará que Liv sofra uma nova desilusão - o quadro que possui é agora reclamado pelos herdeiros e Paul, o homem por quem se apaixonou, está encarregado de investigar o seu paradeiro… Até onde estará disposta Liv a ir para salvar este quadro? Será o retrato de Sophie assim tão importante que justifique perder tudo de novo?



Opinião:
Para uma estreia penso que escolhi lindamente o livro que iria ler. "O Olhar de Sophie" é mais de que um livro sobre um quadro. É um livro sobre o amor e o ódio, sobre a justiça e a injustiça. É um livro que transcende décadas e que encanta pela sua história cheia de força e crueldade.

Sophie é uma francesa que vê a sua vida virada do avesso quando a sua vila é ocupada pelos alemães durante a 1ª Guerra Mundial. As coisas ainda pioram mais quando o comandante dos alemães é atraído pelo quadro que a retrata. Esse quadro foi pintado por Édouard Lefèvre, o seu marido que está na guerra a lutar contra aquelas que naquele preciso momento estão a dormir na sua vila. Setenta anos depois o quadro de Sophie adorna o quarto de Liv. Uma viúva com problemas de dinheiro e com falta de trabalho.

A vida destas duas mulheres une-se por causa deste quadro e, durante mais de 400 páginas, conhecemos a vida de Sophie e de Liv. Conhecemos as suas dificuldades e compreendemos o porquê de terem feito certas coisas. Principalmente a Sophie.

Recomendo.

[Opinião] "Tornado", de Sandra Brown

Sinopse: Bellamy Lyston tinha apenas doze anos quando a irmã mais velha, Susan, foi morta num dia de feriado tempestuoso em finais de Maio. Atualmente, dezoito anos mais tarde, Bellamy escreveu um livro de grande sucesso que se baseia no assassínio de Susan. Uma vez que o livro se tinha inspirado no trágico acontecimento que continua a amargurar a sua família, ela decidiu publicá-lo sob um pseudónimo, a fim de os proteger de uma publicidade indesejada. Mas quando um repórter oportunista descobre que o livro é baseado em factos verídicos, a identidade de Bellamy é revelada a par do escândalo da família. Além disso, Bellamy torna-se alvo de alguém sem escrúpulos que, ou por querer que a verdade subjacente ao assassinato de Susan continue por desvendar ou, ainda mais ameaçador, por estar determinado a vingar-se por um homem acusado e condenado injustamente. Para poder identificar quem anda a assediá-la, Bellamy vê-se confrontada com os fantasmas do seu passado, entre os quais se inclui Dent Carter, o namorado instável e irresponsável de Susan - um dos primeiros suspeitos de ter cometido o crime. Dent, com esta e outras máculas no seu passado, está firmemente decidido a limpar o seu nome, para o que precisa da memória bloqueada de Bellamy. Contudo, as suas recordações, até então bloqueadas - depois de desbloqueadas - constituem novos perigos imprevisíveis.


Opinião:
Este foi o primeiro livro que li de Sandra Brown e, até um quarto do livro estava maravilha. E depois cheguei ao final e fiquei tipo... O que é isto?! Não sei o que se passou na cabeça da escritora mas não era nada daquilo que eu estava à espera.

Susan, a irmã mais velha de Bellamy foi assassinada num dia de feriado que ficou marcado por uma tempestade. Dias mais tarde o alegado assassino de Susan foi preso e acabou por morrer na prisão. Anos mais tarde Bellamy decidi contar a história da sua família num livro sob um pseudónimo. Esse livro irá trazer à tona todos os segredos e todas as mentiras que foram contadas a partir daquele dia.

Gostei da escrita da autora. Não é uma escrita que nos cative por aí além, mas entretém. E esse é um ponto positivo.

A história está bem construída até chegarmos à parte final onde descobrimos quem é o assassino de Susan. Mas, peço desculpa pelo spoiler mas não tenho outra forma de explicar, como é possível uma pessoa que corta os pulsos conseguir confessar um assassinato? Uma confissão que foi um pouco longa, com conversa à mistura. Para mim não tem sentido e a autora perdeu logo alguns pontos por causa disso.

[Opinião] "Histórias dos Sete Reinos", de George R. R. Martin

Sinopse: Nos últimos dias do reinado do Rei Daeron, com os Sete Reinos em paz e a dinastia real Targaryen no seu apogeu, conhecemos a história de um jovem escudeiro de nome Dunk que parte em busca de fama e glória num dos mais famosos torneios de Westeros. Mas ele desconhecia que o destino pode pregar estranhas partidas e que o caminho para a honra e nobreza em Westeros está ladeado não só de perigos, mas também de amizade e coragem. Quando conhece Egg, um rapaz misterioso e inteligente, mal sabe que os laços estreitos que forma com ele irão mudar a sua vida para sempre. Com Histórias dos Sete Reinos George R. R. Martin transportar-nos para o mundo fascinante e repleto de intrigas de Westeros, com a mesma mestria com que escreveu a sua obra-prima: A Guerra dos Tronos.





Opinião:
Eu sei que isto vai soar um pouco estranho mas... Este é o primeiro livro que eu leio sobre o mundo de Westeros. Ainda não tive a oportunidade de ler os livros da série "A Guerra dos Tronos", mas foi seguidora da série. Por essa razão considerei-me como apta para ler este livro que é passado uns bons aninhos antes da acção da série.

Neste livro acompanhamos a vida do escudeiro Dunk que tem o sonho de se tornar um cavaleiro de Westeros. Depois de conhecer o jovem Egg a sua vida dá uma alta de 360 graus e começa a ver o mundo como ela realmente é. Cheio de perigos, mas também de amizade, compreensão e justiça. 

É possível perceber por este pequeno livro que George R. R. Martin tem uma escrita acessível mas também crua e real. Foi um livro que gostei de ler e vou tentar arranjar um tempinho para me dedicar a sua série mais famosa.

Recomendo.

[Opinião] "Um Avisão sem Ela", de Michel Bussi

Sinopse: 1980. Na sequência de um trágico acidente de avião nas montanhas, as equipas de salvamento encontram apenas um sobrevivente: um bebé de três meses. Mas iam dois bebés de três meses no avião, duas meninas, ambas louras, de olhos azuis. Qual delas é a sobrevivente? 
As duas famílias, de meios completamente distintos, disputam violentamente a custódia da menina e cabe a um juiz determinar se ela é Emilie ou Lyse-Rose. Para que se declare uma das meninas viva, a outra tem de ser declarada morta. Numa época anterior aos testes de ADN, ninguém sabe se a decisão tomada está correta. 
Dezoito anos mais tarde, um detetive privado alega ter chegado ao fundo da questão, mas depois é assassinado. Toda a sua pesquisa está registada num caderno que deixa. Um Avião sem Ela é a história de uma investigação para descobrir a verdadeira identidade do bebé sobrevivente e o efeito que esta história trágica teve nos membros da família que continuam a disputá-lo.



Opinião:
"Um Avião sem Ela" é um livro que é difícil de comentar. O ritmo é tão alucinante e as coisas acontecem tão depressa que, por vezes, ficamos perdidos. E depois de ficamos perdidos, ficamos de boca aberta pela forma inteligente como o escritor conduziu a história e as personagens.

É um livro magnifico e muito bem escrito. As personagens estão muito bem construídas e todas tem uma coisa em particular que contribui para a história - principalmente a Malvina e o Marc.

No dia 23 de Dezembro de 1980 um avião cai numa montanha. Nesse avião iam a bordo duas meninas de olhos azuis e cabelos loiros mais ou menos da mesma idade. Só uma sobrevive. 
Duas famílias de classes sociais diferentes enfrentam-se em tribunal para conseguir a guarda da menina e conseguirem provar que se aquele bebê é a Lyse-Rose ou a Emilie. Passados vinte anos, o detective privado contratado pela família Carville é encontrado assassinado pouco depois de ter feito um telefonema a Mathilde de Carville a dar conta da sua descoberta. Mas que descoberta foi essa?

Ao longo de mais de 400 páginas acompanhamos Marc Vitral nas suas tentativas de descobrir a verdade por trás da queda do avião. Descobrimos segredos que estão escondidos por uma camada de pó com mais de quinze anos. 
Como já referi no início desta opinião, o ritmo deste livro é completamente alucinante e é muito difícil de o largar. 

Tenho também a dizer que, na minha opinião, a capa da edição portuguesa é a mais bonita de todas as edições. Até da original.

Recomendo.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

[Opinião] "Roma 40 D.C", de Adele Vieri Castellano

Sinopse:

O fascínio da Roma antiga ganha vida num romance de tons sedutores e misteriosos.

Roma 40 d. C. Gaio Júlio César Germânico, Calígula, é imperador. Marco Quinto Rufo é o segundo homem mais poderoso de Roma. Lívia Urgulanila tem um passado para esquecer. Ele é um homem endurecido pela floresta germânica, bonito e forte, que não conhece o medo ou limites. Ela é uma aristocrata refinada e arrogante cujo destino já está escrito.
Mas os deuses decidiram de outra forma e quando Rufo a toma para si, não imagina remotamente as consequências do seu gesto. Roma não é uma província onde tudo, incluindo raptar uma mulher, é permitido. E mesmo que o próprio Calígula decida dar-lha, conquistar o coração de Livia irá ser a tarefa mais difícil e temerária que Rufo já empreendeu.
Irá Lívia entregar o seu coração a um homem cruel que não hesita diante de nada?


Opinião:
Este é um romance passado em Roma. Passado numa Roma onde pendurar uma criança completamente nua num portão é um ato bem vindo e que passa impune.

E é assim que começa este livro. Com uma criança pendurada nua num portão a pagar pelos "crimes" que a mãe cometeu. Alguns anos mais tarde esta criança é uma mulher feita e só quer esquecer o seu passado.

Este é um bom romance. Um romance que se passa numa época que fascina muita gente. Mas não é um romance que nos fica na memória.

A escrita da autora é apelativa e as personagens também. Tem algumas reviravoltas que nos fazem agarrar um pouco mais no livro até chegar ao final.

[Opinião] "Arte Assassina", de Michael White

Sinopse: 

O homicida mais famoso da história tem um discípulo… mas agora na Londres do século XXI.
Em todos os seus anos de serviço, o inspetor-chefe Jack Pendragon nunca tinha visto um cadáver como aquele. Estranhamente mutilado e dramaticamente «esculpido», assemelhava-se à pintura surrealista O Filho do Homem, de Magritte. Essa constatação tornava o crime ainda mais macabro e preocupante. Revelava ser um homicídio calculista, premeditado e que antevia um serial killer. E rapidamente começaram a surgir novos crimes, todos eles encenados para se parecerem com pinturas surrealistas. Londres, final do século XIX. Em Whitechapel, alguém, que permanece por identificar até hoje, cometeu uma série de sádicos assassinatos. Embora, neste caso, fossem prostitutas, a realidade é que as mutilações feitas nos corpos das vítimas são em tudo semelhantes, carregadas de simbolismos grotescos. 
Apesar de distanciado por um século, este serial killer apresenta uma mentalidade tão patologicamente brilhante que todas as provas se tornam escorregadias e inconclusivas. Mas Jack Pendragon está determinado. Desta vez o assassino não vai ficar incógnito, não vai escapar…


Opinião:
Este é um livro que se lê mas que não fica na memória. Não me encheu as medidas nem me fez suspirar por mais. Quando faltavam umas páginas para o final do livro eu já tinha adivinhado quem era o assassino, mas não por que o tinha feito.
Penso que a melhor característica deste livro é a introdução do relato do séc XIX. Um relato que (supostamente) pertence ao famoso Jack, o Estripador. O pior assassino em série de Inglaterra. E um assassino que nunca fui encontrado.

É um livro mediano que serve para entreter.

[Opinião] "Vida Roubada", de Adam Johnson

Sinopse:

Vencedor do prémio Pulitzer 2013: Uma saga de amor, esperança e redenção no país mais fechado do mundo. 

Vida Roubada segue a vida de Pak Jun Do, um jovem no país com a ditadura mais sombria do mundo: a Coreia do Norte. 

Jun Do é o filho atormentado de uma cantora misteriosa e de um pai dominante que gere um orfanato. É nesse orfanato que tem as suas primeiras experiências de poder, escolhendo os órfãos que comem primeiro e os que são enviados para trabalhos forçados. Reconhecido pela sua lealdade, Jun Do inicia a ascensão na hierarquia do Estado e envereda por uma estrada da qual não terá retorno. Considerando-se “um cidadão humilde da maior nação do mundo”, Jun Do torna-se raptor profissional e terá de resistir à violência arbitrária dos seus líderes para poder sobreviver. Mas é então que, levado ao limite, ousa assumir o papel do maior rival do Querido Líder Kim Jon Il, numa tentativa de salvar a mulher que ama, a lendária atriz Sun Moon. 

Em parte thriller, em parte história de amor, Vida Roubada é um retrato cruel de uma Coreia do Norte dominada pela fome, corrupção e violência. Mas onde, estranhamente, também encontramos beleza e amor.


Opinião:
Este é um livro "inventado". É um livro que tenta mostrar como é a vida na Coreia do Norte. Como é a vida num país que ninguém conhece. Em que ninguém entra. Em que ninguém deve entrar.

Foi um livro complicado de ler. A forma como está escrita tornou esta tarefa árdua, mas que no fim trouxe uma sensação de deslumbramento sem igual.

Jun Do é um personagem com carácter que se apaixona perdidamente por uma actriz que nunca conheceu e que irá mudar a sua vida para sempre.

É um livro que recomendo.

[Opinião] "A Filha do Barão", de Célia Correia Loureiro

Sinopse: Quando D. João tece a união da sua única filha, Mariana de Albuquerque, com o seu melhor amigo - um inglês que investiga o potencial comercial do vinho do Porto -, não prevê a espiral de desenganos e provações que causará a todos. Mariana tem catorze anos e Daniel Turner vive atormentado pela sua responsabilidade para com a amante. Como se não bastasse, o exército francês está ao virar da esquina, pronto a tomar o Porto e, a partir daí, todo o país. No seu retiro nos socalcos do Douro, Mariana recomeça uma vida de alegrias e liberdade até que um soldado francês, um jovem arrastado para um conflito que desdenha, lhe bate à porta em busca de asilo. Daniel está longe, a combater os franceses, e Gustave está logo ali, com os seus ideais de igualdade e o seu afecto incorruptível, disposto a mostrar-lhe que a vida é mais do que um leque de obrigações.





Opinião:
Já li este livro há bastante tempo e, por isso, a sua história está um pouco esbatida. Mas lembro-me bem das emoções que senti ao ler o livro.

O inicio foi um pouco tremido. Foi complicado introduzir-me na história. Mas à medida que as páginas iam passando eu ia ficando cada vez mais agarrada e ansiosa pelo final. Aquele final. Que desilução... Será que vai haver continuação? Espero bem que sim! 

Mariana é uma criança. Não há outra palavra para a descrever. É uma criança nas atitudes, naquilo que pensa e na forma como age. Por isso é que foi tão prazeroso vê-la a crescer. A desenvolver uma coragem própria e também ideias. A apaixonar-se pelo querido Daniel. A defender a sua casa das invasões e também a ter dúvidas justificadas.

Nunca tinha lido um livro que se centra-se nas invasões napoleónicas vistas da primeira pessoa e houve certos momentos em que me senti enojada por certas atitudes dos portugueses, principalmente no que diz respeito a Gustave.

Célia Correia Loureiro está a abrir caminho para ser uma das melhores escritoras portuguesas nesta época. Se já não o é.

Adorei e recomendo.

Ps:. Espero ansiosamente pelo 2º volume.

[Opinião] "A Rapariga Inglesa", de Daniel Silva

Sinopse:

Madeline Hart é uma estrela ascendente no partido britânico no poder: bonita, inteligente, motivada para o sucesso por uma infância pobre. Mas Madeleine tem também um segredo sombrio: é amante do primeiro-ministro, Jonathan Lancaster. Os seus raptores descobriram o romance e decidiram que Lancaster deve pagar pelos seus pecados. Receoso de um escândalo que lhe destrua a carreira, ele decide lidar com o caso em privado, sem o envolvimento da polícia britânica. Trata-se de uma decisão arriscada, não só para si próprio, como para o agente que conduzirá as buscas.
Tens sete dias, depois a rapariga morre. Entra em cena Gabriel Allon — assassino implacável, restaurador de arte e espião —, para quem as missões perigosas e a intriga política não são novidade. Com o relógio a contar, Gabriel tenta desesperadamente trazer Madeleine de volta a casa em segurança. A sua missão leva-o do mundo criminoso de Marselha a um vale isolado nas montanhas da Provença, depois aos bastidores do poder londrino e, finalmente, a um clímax em Moscovo, uma cidade de espiões e violência, onde há uma longa lista de homens que desejam ver Gabriel morto.
Desde as páginas de abertura até ao chocante final, em que se revelam os verdadeiros motivos por detrás do desaparecimento de Madeleine, A Rapariga Inglesa irá deixar os leitores completamente mergulhados na história.

Opinião:
Este é o 1º livro que leio de Daniel Silva e, pelo que me parece, isso é um erro.

Quando Madeline Hart desaparece, Gabriel Allon é contratado para a tentar encontrar. Mas o que vai descobrir irá abalar com a sociedade inglesa.

Este livro tem um ritmo alucinante. Não há momentos mortos. É só acção, acção e acção. E isto é um ponto positivo.

A história tem muitas reviravoltas. Reviravoltas em que nós, comuns mortais, não pensaríamos.

Gostei da forma como está escrito. É uma leitura viciante.

Vou continuar a seguir o Daniel Silva. É uma boa aposta.

[Opinião] "Seres Mágicos em Portugal", de Vanessa Fidalgo

Sinopse: 
Dona Adelina conta-nos a história do lobisomem que na freguesia da Bemposta corria ruas pela noite fora estragando o pão que cozia de madrugada nos fornos e assustando os mais novos e indefesos. Na ilha do Pico, Açores, o dia 2 de fevereiro de cada ano era dia para ficar em casa. Homens, mulheres e crianças trancavam-se a sete chaves e protegiam-se comendo alhos. Lá fora os labregos, uma espécie de duendes, saíam das águas salgadas do mar para nos próximos meses viverem escondidos nos matos verdejantes da ilha. Nas serras de Arruda dos Vinhos é bem conhecida a história de um gigante terrível, que, de tão grande e violento, aterrorizava as povoações da região. Em Santa Maria, nos Açores, o povo garante que as jovens de cabelo vermelho que ainda hoje por lá moram são descendentes de uma jovem e bela sereia que caiu de amores nos braços do filho de um pescador. Fadas, duendes, gigantes, olharapos, lobisomens, trasgos, sereias entre outras, são algumas das criaturas mágicas que habitam o nosso país, o nosso imaginário e que vai conhecer ao longo das páginas deste livro. Depois dos seus anteriores livros Histórias de um Portugal Assombrado e 101 Lugares para Ter Medo em Portugal, a jornalista Vanessa Fidalgo percorreu o país, de lés-a-lés, visitou bibliotecas locais à descoberta de histórias, ouviu relatos e entrevistou dezenas de pessoas para resgatar a nossa rica tradição oral. O resultado é este original livro onde a imaginação e o fantástico ganham protagonismo, numa história que não consta nos manuais escolares, mas que faz parte do nosso país e das nossas tradições.


Opinião:
Um livro que nos remete para a nossa infância de histórias maravilhosas sobre fadas, duendes, lobisomens e outros que tal.
É um livro que encanta pelas histórias encerradas neste nosso Portugal que tem tanto de moderno como de misterioso. Histórias que nos fazem sorrir e também arrepiar.

Gostei.

[Opinião] "Perdoa-me", de Lesley Pearse

Sinopse: A vida pode mudar num segundo.
O instante em que encontrou a mãe sem vida nunca se extinguirá da memória de Eva Patterson. Num bilhete, as suas últimas e enigmáticas palavras: Perdoa-me.
O mundo seguro de Eva ruiu naquele momento devastador. Mas o inesperado suicídio de Flora vai marcar apenas o início de uma sucessão de acontecimentos surpreendentes. No seu testamento, Flora deixa a Eva um estúdio em Londres. Este sítio é a primeira pista para o passado secreto de uma mulher que, Eva percebe agora, lhe é totalmente desconhecida.
No sótão do estúdio, a jovem encontra os diários e os quadros da mãe, provas de uma fulgurante carreira artística mantida em segredo. O que levou Flora a esconder tão fundo o seu passado? Ao aproximar-se da verdade, Eva descobre um crime tão chocante que a leva a questionar-se se alguma vez conseguirá, de facto, perdoar.



Opinião:
Lesley Pearse é qualquer coisa de magnifico! Tudo o que ela constrói - desde as personagens, o enredo, os conflitos, os crimes - é feito para nos chocar e fazer pensar. E este livro é uma boa prova disso.

Eva Patterson tem tudo o que se pode desejar. Uma família feliz, dinheiro e uma carreira. Até ao dia em que encontra a mãe morta na banheira. Esse é o dia que irá desencadear todas as desgraças e revelações pelas quais ela vai passar.

Eva é uma personagem forte e bem construída. Tem todo o ar de mulher frágil e carente, mas ela não é nada disso. Ele é independente, forte e corajosa. Vai fazer tudo o que está ao seu alcance para descobrir a verdade por detrás do seu nascimento e das mentiras que lhe foram contadas ao longo da vida.

Um livro muito bem escrito (como já é hábito de Lesley Pearse) e que nos prende até ao último segundo. É impossível largar.

Recomendo.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

[Opinião] "Do Holocausto à Salvação", de Bernard Wasserstein

Sinopse: A história da mulher que, a partir de Lisboa, ajudou milhares de judeus a fugir à morte certa.
Em maio de 1941, Gertrude van Tijn chegou a Lisboa vinda de uma Amesterdão ocupada pelos nazis. Vinha com a missão de negociar o refúgio de milhares de judeus, alemães e holandeses, com a permissão das autoridades nazis. Mas seria esta mulher de meia-idade, carregando tamanha responsabilidade, capaz de desempenhar eficazmente a sua missão, estando conotada com os ocupantes? Teria sido ela um mero peão manobrado pelos nazis, ou a sagaz heroína que pactuou com o inimigo para melhor poder defender o seu povo?
Bernard Wasserstein, um dos maiores especialistas mundiais em História do Século XX, relata a odisseia desta judia alemã com nacionalidade holandesa que contribuiu, apesar da ambiguidade das suas virtudes, para o salvamento de milhares de pessoas. Através dela, o autor conduz o leitor até aos sombrios tempos de guerra na Europa, expondo os dolorosos dilemas com que os judeus se confrontaram sob a ocupação nazi. O resultado é um fascinante documento, em que Portugal e a cidade de Lisboa desempenham um papel decisivo.


Opinião:
Se estão à procura de um romance passado na 2ª Guerra Mundial podem largar este livro e procurar outro. Isto não é um romance, mas sim a biografia de uma das mulheres que mais ajudam os refugiados judeus. 

Tenho de admitir: nunca li uma biografia. E acreditem que custou. Muito. Mas o esforço foi recompensando. Este é um grande livro. Um livro que choca, mas que também comove por mostrar a força que é preciso ter para enfrentar uma ocupação nazi e mesmo assim ainda ajudar os judeus a fugir.

É um livro que irá ficar para a memória.

Recomendo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

[Opinião] "Só em Sonhos", de Sherrilyn Kenyon

Sinopse: Xypher tem apenas um mês na Terra para se redimir através de uma boa ação ou será condenado à tortura no Tártaro para toda a eternidade. Mas a redenção pouco significa para um semideus que apenas deseja vingança contra aqueles que causaram a sua queda. 

Simone Dubois é uma médica-legista com dons psíquicos e capaz de ajudar os mortos a encontrar os seus assassinos. Quando Xypher pede a sua ajuda para abrir um portal para o Inferno e combater demónios, Simone tem a certeza que está perante um louco. 

O futuro da Humanidade encontra-se em risco, mas qual a maior ameaça que Simone enfrenta? Os demónios que vêm em sua perseguição, ou o homem misterioso e sedutor que mudou irremediavelmente a sua vida?



Opinião:
Sherrilyn Kenyon é uma das escritoras de sobrenatural mais aclamadas do mundo. As suas personagens são bem construídas e nunca ficamos enfadados com os seus livros. Existe sempre algo no livro que nos prende à atenção, sejam as personagens novas, as histórias por trás delas, seja o reencontro com antigas personagens que adoramos (vulgo ACHERON!)... Esta escritora tem um dom.

Este livro não podia ser diferente. Temos uma personagem masculina com um passado tortuoso e marcado por mágoas e temos uma personagem feminina com capacidades sobrenaturais e com uma personalidade muito forte. E temos também um final feliz.

O livro no seu todo foi muito bom. Viciante e muito sensual. Mas o final deixou muito a desejar. Na minha opinião foi um final muito abrupto e que merecia mais desenvolvimento.

[Opinião] "A Minha Outra Metade", de Marianne Kavanagh

Sinopse: Esta é Tess. Uma rapariga jovem, obcecada por roupas vintage, presa a um trabalho que detesta. Ainda assim, tem como namorado desde a faculdade Dominic, um belo contabilista, e tem um apartamento fantástico que partilha com a sua melhor amiga, Kirsty. 
Mas se a sua vida pessoal corre tão bem assim, porque é que se sente destroçada sempre que lhe perguntam pelo futuro?

Este é o George. Um músico de jazz brilhante que passa quase tanto tempo a apaziguar as brigas entre os membros conflituosos da sua banda, como passa a preocupar-se com o seu pai enfermo, e a tentar alcançar as muito altas expetativas da sua namorada corretora. Para um tipo que sempre acreditou no romance, o lado prático e deprimente da vida dos vinte e tais surgiu-lhe como um choque. Sempre à beira de chegar a algum lado melhor, ele procura algo mais… e alguém especial.

Tess e George podem muito bem ser as duas metades de algo perfeito e completo. Se ao menos os seus caminhos se cruzassem…

Siga Tess e George através de uma década de maus namoros, jantares e festas caóticas, aniversários mágicos, empregos sem-saída, relações desiguais, e muitos recomeços. A Minha Outra Metade é uma comédia moderna de costumes, de amizades e de desencontros deliciosamente inteligente.

Opinião:
Este é um livro que fala de almas gémeas, que fala da possibilidade de existir a nossa outra metade, aquela que nos completa e que nos fará feliz até ao fim. Mas também fala de amizade e de erros. 

Tess é uma rapariga louca por vintage e que acredita no verdadeiro amor. George é um rapaz que adora música. Eles são almas gémeas. Mas, só dez anos depois, é que o vão perceber. Pois, é verdade. Este livro abrange um espaço de tempo de 10 anos. E nesse espaço de tempo passamos a conhecer muito bem a Tess e o George como um individual, mas não como um todo. E isso é um ponto negativo.

Quando chegamos ao final do livro e eles, finalmente, ficam juntos parece que passou uma eternidade e o livro acaba. Todo o livro foi uma preparação para o final feliz e eu penso que a escritora pecou nisso. Toda a gente sabia que eles iam ficar juntos então porquê tanta demora? Tantos obstáculos?

A escrita da autora é leve e este é um livro que não conseguimos parar de ler mas, mesmo assim, deixa um sabor amargo na boca.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

[Opinião] "A Sétima Porta", de Richard Zimler

Sinopse: Em 1990, Richard Zimler encontrou, numa cave de Istambul, sete manuscritos do século XVI escritos pelo cabalista Berequias Zarco. Um deles narrava o pogrom de Lisboa e o autor utilizou-o para cenário do seu livro O Último Cabalista de Lisboa. Mas, o que revelavam os outros seis manuscritos?
Em Berlim, na década de trinta, Isaac, um descendente de Berequias Zarco e detentor dos manuscritos, está determinado a descobri-lo. Convencido de que o pacto entre Hitler e Estaline anuncia uma profecia apocalíptica prestes a concretizar-se, Isaac Zarco procura arduamente descodificar aqueles textos cabalísticos medievais para assim salvar o mundo.
Passado durante a ascensão de Hitler ao poder, e coincidente com o período da perseguição nazi aos portadores de malformações físicas, A Sétima Porta junta Sophie Riedesel – uma jovem ousada, sonhadora e ambiciosa – a um grupo clandestino de ativistas judeus e antigos artistas de circo liderado por Isaac Zarco, numa luta contra as políticas antissemitas. Mas quando uma série de esterilizações forçadas, estranhos crimes e deportações dizimam o grupo, Sophie ergue-se num combate solitário contra aqueles que ameaçam destruir tudo o que ela mais ama na vida.
Um romance emocionante carregado de simbolismo e uma verdadeira lição de História e de humanidade sobre as muitas vítimas sem rosto de um dos regimes mais implacáveis de todos os tempos.


Opinião:
Este é um livro incrível. Um livro que atravessa décadas até ao pior momento da nossa história. É um livro que é contado com tal realismo que parece que estamos lá, a presenciar e a sentir como as personagens.

Este é o primeiro livro que leio de Richard Zimler mas, penso que posso afirmar, que ele é um génio. Um génio na forma como conta a história, na forma como transmite os sentimentos das personagens e na forma como nos envolve. É um livro que não se consegue parar de ler e que é muito pequeno para o que contém. E é um livro que eu vou recordar.

Recomendo.

[Opinião] "Paixão Sem Limites", de Abbi Glines

Sinopse: Ela tem apenas 19 anos. É filha do padrasto dele. Ela é ingénua e inocente. O que mais poderia ser uma rapariga que passou os últimos 3 anos a cuidar de uma mãe doente? 
Rush tem de 24 anos. Ela é a única coisa que está fora de alcance. O dinheiro que recebe do pai ausente, o desespero da mãe que faz tudo para conquistar o amor do filho e o seu charme pessoal são os três motivos pelos quais Rush nunca ouviu a palavra "não".

Após a morte da mãe, Blaire deixou a pequena quinta no Alabama para ir viver com o pai e nova família dele numa luxuosa casa de praia na Florida. Ela não está preparada para esta mudança de vida e sabe que nunca irá encaixar neste mundo. Para piorar a situação, o pai de Blaire viajou para Paris com a nova mulher, deixando-a sozinha o verão inteiro com Rush, que não parece nada satisfeito com a chegada da sua nova "irmã" por afinidade. 
Rush é tão mimado quanto irresistível e sensual. E isso começa a afetar Blaire. Mas ele sabe que ele é tudo menos o homem certo para ela. Atormentado e misterioso, Rush tem um segredo que pode mudar a vida de ambos para sempre… e apesar de tudo isto, a paixão proibida cresce, sem limites…


Opinião:
Não consigo. Não consigo mesmo terminar de ler este livro. É a coisa mais mal feita que já vi na minha vida...

Personagens sem conteúdo, história sem conteúdo, diálogos sem lógica nenhuma.

É tão mau que existiram momentos em que me deu vontade de vomitar. Muito.