segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

[Opinião] "A Grande Revelação", de Julia Quinn

Sinopse: O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz. 

Ps: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina.





Opinião:
A série "Bridgerton" foi a série que tornou Julia Quinn aclamada em Portugal. As críticas tecidas a esta escritora e aos seus livros são tão positivas que eu não pode deixar de entrar nesta febre e deixar-me contagiar. E em boa hora o fiz!

Só li o primeiro livro da série (que fala da Daphne e do Simon) e tenho o segundo e o terceiro ainda por ler. Mas como me disseram que era possível ler os livros separadamente eu arrisquei-me a li este.

Este livro fala do 4º irmão Bridgerton - o Colin. Tal como todos os irmãos ele é mulherengo e não está interessado de forma nenhuma no casamento. As mães casamenteiras acham isto um disparate. Claro que ele não vai herdar o título, mas continua a ser um partido de máxima aposta. Infelizmente, e tal como já disse, ele não está interessado nessas andanças. Até que começa a reparar na sua amiga de infância Penelope. Ok, eu lembro-me da Penelope do primeiro livro. Baixa, gordinha, sempre com aqueles vestidos berrantes e de cores horrível. Pelos vistos, ela deixou de ser assim tão gordinha e começou a usar cores que a favoreciam. Mas não é nisto que o Colin repara. Mas sim nos seus talentos, na sua forma directa de falar, nas suas criticas, no seu apoio. E acaba por a pedir em casamento... Mas não antes de descobrir o segredo chocante que, durante anos, foi escondido da sociedade.

Penso que este livro não se foca tanto na relação amorosa entre o Colin e a Penelope, mas sim na revelação de quem é Lady Wistledown (daí o título do livro). Eu até gostei disto ser assim. Lady Wistledown está conosco desde o primeiro dia e já era mais de que tempo para ela dar a cara. Penso que o romance de Colin e Penelope é mais maduro e adequado à sua idade (28/33). Não é aquele romance louco e cansativo. É mais adulto.

Gostei muito do Colin. É um homem que, por trás da sua imagem de engatatão e eternamente feliz, tem medos e talentos. Também gostei da Penelope. Foi completamente humilhada durante anos, mas nunca foi abaixo e adaptou-se à sua vida de solteirona.

Estou ansiosa por ler os outros dois volumes que tenho em atraso e espero que os outros sejam rapidamente publicados!

Recomendo.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Sedução Irresistível", de Elizabeth Hoyt

Sinopse: O solitário Sir Alistair Munroe tem estado escondido no seu castelo desde o regresso das Colónias, com cicatrizes interiores e exteriores. Porém, quando una misteriosa beldade se apresenta à sua porta, a paixão que manteve controlada durante anos começa a ganhar vida. Para fugir a erros passados, a lendária beldade Helen Fitzwilliam afastou-se do luxo da sociedade e vai para um castelo escocês semiabandonado... onde aceita o cargo de governanta. Contudo, Helen está decidida a começar uma nova vida e não permitirá que nem o pó nem um homem ríspido com cicatrizes a afugentem. Sob o belo exterior de Helen, Alistair descobre uma mulher cheia de coragem e sensualidade. Uma mulher que não recua diante do seu mau génio ou das suas cicatrizes. Porém, quando começava a acreditar na existência do amor verdadeiro, o passado secreto de Helen ameaça separá-los. Agora a bela e o monstro devem lutar pela única coisa que não julgavam possível encontrar: um final feliz.






Opinião:
Conheci esta escritora quando li o segundo livro "Vertigem de Paixão". Estes livros pertencem a uma série chamada "A Lenda dos Quatro Soldados" e eu tinha um pouco de receio de não me conseguir situar na história. Mas, tal como no caso da Julia Quinn, não é necessário a leitura dos anteriores para se ler este livro. É óbvio que faz referência a personagens anteriores e os protagonista deste livro são umas desses personagens. 

Quando li a sinopse deste livro fiquei super entusiasmada por a personagem principal ser o Alistair, o nosso pequeno "monstro". No 2º volume ele pareceu-me um homem frio, e completamente amargurado no seu castelo perdido na Escócia. E ele é tudo isso. Mas já lá vamos.

Helen Fitzwilliam é uma bela mulher que decide fugir de Londres, levando consigo os seus dois filhos - Jamie e Abigail. Para conseguir levar o seu plano a cabo pede ajuda a Lady Vale (a protagonista do livro anterior) e ela envia-a para o castelo do nosso pequeno "monstro" para ser sua governanta! Mas quando chegam lá a sua vida muda completamente de forma.

Penso que o que contribui mais para o amolecimento do nosso pequeno "monstro" foram as crianças. O Jamie é um menino de 5 anos igual a todos os outros, mas com a particularidade de adorar cães e a natureza (tal como o Alistair) e a Abigail é um menina muito diferente das outras de 9 anos. Calada, solitária, inteligente e sempre à espera da aprovação da mãe. 

Eu gostei muito da Helen (como é que se pode não gostar de alguém que se apaixonou pelo nosso pequeno "monstro"?). Uma mulher de coragem que soube qual o momento para abandonar a sua vida anterior e procurar uma nova. Que soube ver para além das cicatrizes e deformações. Que amava os filhos e não tinha "vergonha" de o mostrar (ao contrário de muitas senhoras da sociedade que só passavam 1 ou 2 horas com eles por dia). O Alistair (mais conhecido por nosso pequeno monstro)é uma pessoa que depois de sofrer os ferimentos que sofrem se tornou um homem amargurado, solitário e irónico. Tinha como única companhia uma cadela chamada Lady Grey (que lindo nome!) e sentia-se bem. Quando Helen, Jamie e Abigail chegam ao castelo a sua vida muda completamente e ele começa a abrir-se e a tornar-se novamente humano. Acho que também me apaixonei um bocadinho por ele.

O único ponto fraco desta história é o número de páginas. Quando chegou ao fim eu só pensei: Já acabou? Não acredito que já acabou!

Espero ansiosamente pelo 4º e último volume da série que tem como protagonista o desaparecido Reynaud St. Aubyn.

Recomendo!

domingo, 16 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Delírio", de Lauren DeStefano

Sinopse: Rhine e Gabriel fugiram da mansão, mas o perigo nunca ficou para trás.
Para Rhine de dezassete anos, a arriscada fuga do casamento polígamo parece ser o princípio do fim. A evasão leva Rhine e Gabriel a uma armadilha sob a forma de uma feira popular, cuja dona mantém várias raparigas prisioneiras, Rhine acaba de fugir de uma prisão dourada para se meter noutra ainda pior.
A jovem acaba por percorrer um cenário tão sombrio como o que deixou há um ano - que reflecte os seus sentimentos de medo, desespero e desesperança.
Com Gabriel a seu lado está decidida a chegar a Manhattan para se encontrarem com Rowan, o irmão gémeo, mas a viagem é longa e perigosa e o que Rhine espera que seja uma segurança relativa revelar-se-á muito diferente.
Num mundo onde as raparigas só vivem até aos vinte anos e os rapazes até aos vinte e cinco, o tempo é precioso e Rhine não tem como escapar nem iludir o excêntrico sogro Vaughn, que está determinado a levá-la de novo para a mansão... a todo o custo.
Nesta sequela de Raptada, a heroína tem de decidir se a liberdade vale a pena, pois tem mais a perder do que nunca.


Opinião:
Andei desejosa de ler este livro desde que terminei o "Raptada". Adorei o primeiro livro e fiquei completamente enternecida com a Rhine e o Gabriel. E depois de eles fugirem quis descobrir o que iriam fazer a seguir e se iam encontrar o irmão da Rhine.

Podem imaginar a minha alegria quando encontrei este livro com um preço tão apetecível... Tive de ficar com ele e não descansei enquanto não o devorei (o que foi muito rápido porque ele é estupidamente pequeno).

Mas fiquei completamente desiludida. Mesmo muito desiludida. Eu li este livro e não encontrei nada que tenha gostado. A acção passa por nós de forma indiferente e a Rhine nem parecia a mesma. Fraca, vulnerável, chata. O Gabriel, pelo menos, mostrou outra faceta dele. Corajoso, protector e nunca abandonou a Rhine, mesmo quando as coisas deram para o torto. Gosto muito dele. Eu não sei bem porquê mas continuo a achar que o Vaugh não é tão mauzinho como o pintam. Há ali qualquer coisa que me faz acreditar na bondade dele. E penso que vai ter sucesso na sua procura pela cura.

O livro acabou de forma tão abrupta que eu até fiquei KO. Que raio de final é aquele? Não sei o que estava a autora a pensar com aquele final. É um horror. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

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A Editorial Presença está a oferecer 180 mil livros grátis até dia 14 de Março!
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[Opinião] "Divina por Escolha", de P. C. Cast

Sinopse: Shannon Parker aceitou finalmente a sua vida no mítico mundo de Partholon. As suas responsabilidades divinas são muitas, mas ela ama o seu marido centauro, a sua ligação à deusa Eponina e os pequenos prazeres que a vida lhe dá. Já quase esqueceu a antiga vida na Terra - especialmente ao descobrir que está grávida. Mas uma súbita explosão de poder envia-a de volta para Oklahoma. Sem magia, Shannon não consegue regressar a Partholon - e procura desesperadamente ajuda. Os problemas começam quando essa ajuda surge na forma de um homem tão tentador quanto o seu marido. E só pioram quando descobre que o demónio Nuada também se encontra no seu mundo e ameaça a vida dos seus amigos e familiares. Shannon terá que descobrir uma forma de travar as forças maléficas que a impedem de regressar ao mundo que ama. Afinal ser divina por engano era bem mais fácil do que ser divina por escolha…





Opinião:
Depois de ter lido o livro "Divina por engano" fiquei um pouco com o pé atrás devido à personagem principal. Quis ler este livro para conseguir perceber se havia (na minha opinião) melhorias relativamente a Shannon e não é que houve? 

Seis meses depois do término do livro "Divina por engano", Shannon Parker descobre que está grávida. Mas também descobre que Nuada não está tão morto como aparenta. Depois de ser sugada de volta para Oklahoma, Shannon tem de tomar a maior decisão da sua vida: ficar ou voltar para o Partholon. 

Como já referi, neste livro, a Shannon cresceu. Deixou de fazer piadinhas e de ter atitudes de miúdas de 15 anos, para se tornar uma mulher de meia-idade grávida. Penso que o facto de ter de tomar decisões que implicam a sua filha por nascer a fez crescer um pouco e levar as coisas a sério. 

Relativamente à escrita, continua a ser muito fluída e e constante. É um ponto a favor.

A razão de ter dado 3* ao livro é uma das coisas que me vai ficar entalada na garganta e da qual me vou lembrar sempre que pegar nesta série. Não vos posso contar porque ia ser spoiler, por isso leiam o livro e fiquem tão chocados quanto eu!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

[Opinião] "A Ternura dos Lobos", de Stef Penney

Sinopse: Canadá, 1867.
Na orla de uma vasta paisagem de neve e gelo, uma mulher, que já não é jovem, prepara-se para encetar a maior jornada da sua vida.
Quando o Inverno envolve no seu abraço gelado a isolada povoação de Dove River, no Norte do Canadá, um homem é brutalmente assassinado e um rapaz de dezassete anos desaparece. Um rasto de pegadas iniciado junto da cabana do morto aponta para norte, na direcção da floresta. Incitadas pela violência do sucedido, numerosas pessoas são atraídas para a povoação: jornalistas, delegados da Companhia da Baía de Hudson, caçadores, negociantes… mas estarão eles interessados em solucionar o crime, ou simplesmente em tirar partido dele?
Em A Ternura dos Lobos, Stef Penney tece com habilidade uma urdidura de aventura, emoção e humor para produzir um thriller empolgante que é também um romance histórico escrito numa perspectiva abrangente, um mistério de cariz policial, e, simultaneamente - mercê do âmbito e da qualidade da sua escrita - um dos mais importantes livros do ano, vencedor, em 2006, do Costa Book Award.


Opinião:
Tenho de admitir que esta capa está lindíssima! É uma imagem tão vasta e que deixa tanto à imaginação...

Li este livro para o desafio opcional da maratona literária em que participei. Tenho a certeza que se não fosse esta razão ele iria ficar parado mais uns meses na estante. Fiquei um pouco desiludida comigo própria por ter esperado tanto tempo para o ler. Mas tinha aquela dúvida: será que vou gostar? Não sou grande fã de policiais, mas já começo a apreciar mais e mais este género literário.

A história do livro inicia-se com o assassinato de um colono francês em Dove River. Dove River é uma aldeiazinha perdida no Norte do Canada, onde nada acontece. Podemos perceber o entusiasmo pelo assassinato certo?! Ainda por cima no séc XIX!

Ao longo das 500 páginas somos levados pelas planícies do Canada onde a única coisa que realmente nos fica na cabeça é a neve. Neve, neve e mais neve. Eu nem consigo imaginar como é que aquelas pessoas aguentam tanta neve.

É um livro que gostei muito de ler mas também existiram partes que me deixaram um pouco frustrada... Por vezes as descrições adensavam-se e cansavam. A mudança do narrador confundiu-me diversas vezes e obrigou-me a reler o que já tinha lido para puder continuar. A tradução também me chateou. A tradução é um pouco abrasileirada (desculpem a expressão!) e não gostei.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Um Beijo Inesquecível", de Teresa Medeiros

Sinopse: Laura Farleigh precisava de um marido. Se quisesse manter um teto sobre a cabeça dos irmãos, a orgulhosa filha do reitor teria de casar até ao dia do seu vigésimo primeiro aniversário. Ao encontrar inconsciente na floresta um misterioso desconhecido de rosto angelical e corpo de Adónis, que não se lembrava do nome e do passado, decide reclamá-lo como seu. Mal sabia ela que aquele anjo caído era afinal um demónio disfarçado. Sterling Harlow, o famoso devasso conhecido como o «Demónio de Devonbrooke», acorda com o beijo encantador de uma formosa jovem que lhe confessa ser ele o seu prometido. Com as faces beijadas pelo sol e sardentas, Laura é uma jovem inocente apesar do encanto feminino das suas curvas. Quando lhe garante ser ele um perfeito cavalheiro, Sterling pergunta a si próprio se, para além da memória, terá perdido o juízo. Juraria não ser homem para se satisfazer apenas com beijos - principalmente os da doce e sensual Laura. Tentando descobrir a verdade antes da noite de núpcias, um beijo inesquecível ateia a paixão que nenhum deles alguma vez esquecerá.


Opinião:
Já há muito tempo que desejava ler este livro. Finalmente consegui comprá-lo e não parei enquanto não peguei nele. A capa é linda e a sinopse é apelativa. 

Laura Farleigh é uma rapariga de 20 anos que tem de se casar. Se não o fizer até aos 21 perde o tecto que sustenta a vida dela, dos seus dois irmãos e dos seus dois criados (e também de uma dezena de gatinhos). Quando encontra um desconhecido inconsciente na floresta pensa que as suas preces foram ouvidas e convence-o que ele é o seu noivo. E esta é a premissa para a divertida, mas ternurenta história que Teresa Medeiros nos conta neste livro.

Adorei. Adorei completamente. É um romance tão lindo com personagens tão maravilhosas que até fico sem palavras para o descrever! 

Teresa Medeiros criou personagens com personalidade, com medos e passados que nos chocam. A melhor personagem é, sem sombra de dúvida, o Sterling. De um menino maravilhoso e inocente cresceu para se tornar num homem conquistador e sem "coração". Foi bonito ver a mudança que a humilde Laura operou nele (gatos! gatos!). 

Este é um romance cheio de divertimento, mas também com drama. Várias foram as vezes em que me apeteceu estrangular o Sterling por causa da sua (aparente) insensibilidade depois da descoberta da tramóia da Laura.

Um livro muito bem escrito, mas que peca por uma tradução que deixa um pouco a desejar (e essa é a razão das minhas 4*). Vou, de certezinha, acompanhar os próximos livros e estou ansiosa por rever estas maravilhosas personagens!

Recomendo!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Tríptico", de Karen Slaughter

 Sinopse: Três pessoas com segredos perturbadores.

Um assassino sem nada a perder.
Quando Michael Ormewood, detetive da Polícia de Atlanta, é chamado à cena de um homicídio num bairro social, depara-se com uma das mortes mais brutais de toda a sua carreira: o corpo de Aleesha Monroe jaz nas escadas de um prédio, numa poça formada pelo seu próprio sangue e horrivelmente mutilado.
Enquanto incidente isolado, este já seria um crime chocante. Mas quando se torna evidente que é apenas o mais recente de uma série de ataques violentos, o Georgia Bureau of Investigation é chamado a intervir — e Michael vê-se obrigado a trabalhar com o agente especial Will Trent, com quem antipatiza de imediato.

Vinte e quatro horas mais tarde, a violência a que Michael assiste todos os dias explode nas traseiras da sua própria casa. Percebe-se, então, que talvez o mistério da morte de Aleesha Monroe esteja indissoluvelmente ligado a um passado que se recusa a ficar esquecido…




Opinião:
É certo e sabido que eu não sou grande fã de policiais. Foi complicado entrar na história por essa razão. Mas depois de o fazer e de perder o medo só posso dizer que adorei e que estou ansiosamente à espera do segundo volume.

Quando uma prostituta aparece assassinada nas escadas de um prédio num bairro social em Atlanta o passado vem ao de cima. Há 21 anos Mary Alice, uma adolescente de 15 anos, é encontrada morta na sua cama. Sem a língua. Esta é a particularidade que liga os dois assassinatos. A partir deste momento a acção acelera e somos confrontados com raptos e assassinatos de crianças e adolescentes. 

Eu dividi este livro em duas partes. A parte 1 - que é vista pela perspectiva do detective Michael Ormewood - e a parte 2 - vista pela perspectiva de Will Trent, John Shelley e Angie Polaski. 
Tenho de admitir que fiquei admirada pela descoberta do assassino. Ele parecia tão normal, tão "bom" mas à medida que a acção avançou todo começou a fazer sentido na minha cabeça. E só queria que ele morresse. Ou que lhe cortassem as partes intimas. 


Este é um livro que está muito bem escrito e tenho de dar os parabéns à tradução. É um bocado "crua", mas penso que se adequa ao tipo de livro. O facto de se tratar de assassinatos de crianças e adolescentes chocou-me um bocado, mas também me prendeu mais ao livro.

Como referi no início, estou ansiosa pela publicação do segundo volume (em Fevereiro, pelo que li) e tenho a certeza que vou adorar voltar ao mundo do peculiar Will Trent.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

[Aquisições] Janeiro

Entre trocas, compras e passatempos adquiri oito livros este mês! Oito! São todos tão lindinhos *.*





terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

[Opinião] "A Rainha dos Sipaios", de Catherine Clément

Sinopse: Ela era a rainha de Jhansi, um reino livre do centro da Índia. Uma jovem viúva de trinta anos, impetuosa e altiva. Morreu na guerra, vestida de homem, as rédeas do cavalo entre os dentes, uma espada em cada mão e um colar de pérolas ao pescoço.
Este movimento de libertação nacional, conhecido por «revolta dos sipaios», dilacerou o ventre da Índia em meados do século XIX, quando os soldados indígenas de pele escura, conhecidos como «sipaios», se sublevaram contra os amos brancos, ou os «John Company», em referência à Companhia das Índias Orientais.
Muitas humilhações, muitos rajás destronados, muitas explorações… Certo dia, tudo explodiu. Nasceu a insurreição. A guerra de independência indiana durou dois anos, dois terríveis anos de vitórias e massacres, largamente comentados a partir de Londres por dois correspondentes de imprensa, Karl Marx e Friedrich Engels.
Quando a guerreira morreu, a Índia deixou de ser livre. Mas, ainda hoje, as crianças indianas aprendem na escola a canção que celebra a sua glória. Um destino fulgurante, cantado por todo um povo e contado com energia por Catherine Clément, que aqui reencontra a Índia que tão bem conhece.


Opinião:
Catherine Clément é uma estreia. E uma estreia muito boa.

Quando me ofereci para ler este livro a partir do Clube de Leitores fiquei com um pouco de receio de não gostar do livro. Não sei bem porquê mas achei que fosse um livro com uma escrita um pouco lenta e pouco atractiva.... Mas fui conquistada logo nas primeiras páginas. 

Como todo o mundo sabe na Índia é costume as raparigas casarem-se super cedo (até se ouviu falar de um caso de uma menina que morreu depois da noite de núpcias), entre os 12 e os 15 anos. Ainda umas crianças. Mas Chabili não era uma menina qualquer. Perdeu a mãe com 2 anos e a sua única influência durante a infância foi o pai e os seus dois melhores amigos (filhos adoptivos do Marajá). Por essa razão tornou-se arrapazada e aprendeu a lutar com espadas e a andar a cavalo. Um escândalo. Quando fez 14 anos recebeu uma proposta para se casar com o "Rei" de Jhansi, Gangadar. E é aqui que a sua luta realmente começa. 

Este é um livro que me tocou profundamente. Mostra o lado "mau" dos ingleses que, na sua sede de poder, se apropriaram de terras e bens sem olhar a meios e que quando estalou a guerra civil matou inocentes a torto e a direito sem nenhuma ponta de arrependimento. É óbvio que os indianos também o fizeram. E foram os primeiros. Não há maneira de desculpar a morte de mulheres e crianças que estavam no lugar errado na hora errada. Chabili pensava como eu e tentou, por todos os meios, manter a sua cidade fora desta guerra. Mas sem sucesso.
Foi culpada pela morte destes inocentes e teve de defender um cerco com as poucas tropas que dispunha. Não o conseguiu e acabou por morrer de forma heróica mas injusta. 

Manikarnika, Manu, Chabili, Lakshmi Bai - podem escolher o nome que quiserem) era uma mulher que não era fisicamente bela. Tez demasiado escura para os padrões da moda, olhos muito escuros, lábios bonitos mas esquecidos devido a sua mais notável característica: o nariz. Um nariz grande que dobrava na ponta. A sua beleza estava escondida no interior. Mulher de garra, corajosa e destemida. Lutou até ao último momento para não colocar a sua cidade em perigo. Foi "vendida" aos 14 anos e casou com um homem que gostava de se vestir de mulher e que não conseguia praticar a relação sexual. Esta é Chabili, a Adorada. Esta é Lakshmi, a Deusa da Prosperidade.

Este é um livro que aconselho vivamente a todas as pessoas. É tocante e a leitura é super rápida.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

[Opinião] "Belladonna", de Anne Bishop

Sinopse: Há muito tempo, Efémera foi dividida em inúmeras paisagens mágicas ligadas somente por pontes. Pontes que podem levar quem as atravessa para onde realmente pertence e não ao local onde pretende chegar.
Uma a uma, as paisagens de Efémera estão a cair na sombra. O Devorador do Mundo está a espalhar a sua influência, manchando as almas das pessoas com dúvida e medo, alimentando-se das suas emoções mais negras.
A cada vitória o Devorador aproxima-se da conquista final.
Apenas Glorianna Belladonna possui a habilidade de frustrar os planos do Devorador. Mas os seus poderes foram mal interpretados e incompreendidos. Determinada a proteger as terras sob o seu domínio, Glorianna defrontará o Devorador sozinha se assim estiver no seu destino.






Opinião:
Neste livro encontramos Glorianna Belladonna um pouco mais humana e "tocável".Deixa de ser aquela pessoa que aparece fugazmente para uma pessoa a quem acompanhamos os pensamentos, as emoções e os medos. Quando Belladonna conhece Michael o seu coração inflama completamente. Só que Michael ainda tem de correr muito para conseguir o seu amor! 

Gostei muito de rever o Sebastian (se bem que não bastou para matar saudades), que continua mordaz e protector. E foi uma das únicas coisas boas do livro.

Penso que este livro ficou muito aquém das minhas expectativas porque se tornou chato e eu só via as palavras a passarem e a passarem sem nada de importante acontecer. E uma das coisas que mais me interessou (a história da Guerreira) ficou por contar. Grande falha. 

A escrita de Anne Bishop continua viciante mas, como já disse, o livro é tão chato que até me fartei. E demorei mais dois dias a ler o livro do que o normal.

Até tenho medo de pegar no livro "Ponte de Sonhos". Será que me vou decepcionar mais uma vez?!?