quarta-feira, 30 de julho de 2014

[Opinião] "As Raparigas Cintilantes", de Lauren Beukes

Sinopse: Ele é o assassino perfeito. Imparável. Impossível de identificar. Pensa ele… 
CHICAGO, 1931: Harper Curtis,um vagabundo paranoico e violento, dá de caras com uma casa que possui um segredo tão chocante como a natureza distorcida de Curtis: permite o acesso a outras épocas. Ele usa-a para perseguir as suas raparigas cintilantes – e tirar-lhes o brilho de uma vez por todas.
CHICAGO, 1992: Diz-se que o que não nos mata nos faz mais fortes. Experimente dizê-lo a Kirby Mazrachi, cuja vida ficou devastada depois de sofrer uma brutal tentativa de assassínio. Continua a tentar encontrar o agressor, tendo como único aliado Dan, um ex-repórter de crime que cobrira o seu caso anos antes. À medida que prossegue a sua investigação, Kirby descobre as outras raparigas, as que não sobreviveram. Os indícios apontam para algo… impossível. Mas para alguém que devia estar morto, impossível não quer dizer que não aconteceu…



Opinião:
Um policial de cortar a respiração! Repleto de intriga, suspense e medo.

A cada dia que passa fico mais fã de policiais. Custou a entrar na onda, mas depois de lá estar não quero outra coisa. Com este livro pode afirmar com toda a convicção que SOU FÃ DE POLICIAL.

Kirby vê a sua vida acabar quando é vitima de uma tentativa de assassinato. Mas não desisti de encontrar o seu atacante e quando se une ao ex jornalista policial, Dan, que tratou do seu caso em 1989 começa a aproximar-se cada vez mais do seu suspeito. Mas nem todo é o que parece e a resolução do seu caso irá atravessar décadas.

Uma característica que eu achei interessante, mas também um pouco confusa é a forma como os capítulos estão ordenados. Tanto estamos em 1993, como estamos em 1931 ou 74. É um pouco confuso no inicio mas, ao longo das páginas, conseguimos adaptar-nos a organização dos capítulos. Por causa desta forma de organização conhecemos as vitimas de Harper quando são jovens e no momento da sua morte. Conseguimos seguir sentir a sua morte como se fosse nossa.

Harper é um homem desequilibrado que, quando encontra a casa, sente que lhe saiu a sorte grande. Mas existe uma regra para poder usufruir da casa: tem de matar. E é isso que ele faz sem sentir qualquer remorso. Tenho de admitir que num dos assassinatos eu pensei que ele tivesse algum sentimento dentro de si. Mas afinal estava enganada. Kirby é uma rapariga que sobreviveu a uma tentativa de assassinato e que não desiste enquanto não encontrar o seu agressor. Todo na sua vida se resume àquele dia. É uma mulher forte, determinada e que não olha a meios para conseguir o resultado que espera. 
Ansiamos pelo encontro destes dois durante toda a narrativa e quando eles se encontram, PUFF, acabou. Penso que o final foi um pouco "renegado" e que aconteceu demasiado depressa. Na minha opinião o verdadeiro confronto aconteceu entre Harper e Dan e não entre Harper e Kirby, como deveria ter sido. Mesmo assim gostei do livro e vai ser uma escritora a seguir.

Recomendo.

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