quarta-feira, 30 de julho de 2014

[Opinião] "Os Aromas do Amor", de Dorothy Koomson

Sinopse: Procuro a combinação perfeita de aromas; o sabor que eras tu. Se o encontrar, sei que voltarás para mim.
Há 18 meses atrás, Joel, o marido de Saffron, foi assassinado, e o
culpado nunca foi descoberto. Agora, fazendo os possíveis para lidar com a perda, Saffron decide terminar Os aromas do amor, o livro de receitas que Joel tinha começado a escrever antes da sua trágica morte.
Quando, finalmente, tudo parece ter voltado à normalidade, a filha de 14 anos de Saffron faz uma revelação chocante que abala a relação entre ambas. E, ao mesmo tempo, o assassino de Joel começa a enviar cartas afirmando a sua inocência.
Será um grande amor capaz de sobreviver à maior das perdas?









Opinião:
Dorothy Koomson tem o dom de nos transportar para dentro do livro e só nos deixar sair quando ele termina. Isso é um pouco preocupante porque nos esquecemos que existe uma vida para lá daquela que estamos a seguir naquele momento.

18 meses após o assassinato de Joel, Saffron (lindo nome!) continua completamente perdida. Os seus dias são todos iguais e só consegue continuar por causa dos seus dois filhos: Phoebe e Zane. Mas, quando descobre, que a sua filha está grávida volta tudo ao ponto onde começou e, desta vez, a história vai ter um final.

Dorothy Koomson a par de Lesley Pearse é a minha escritora favorita. As histórias que cria são maravilhosas e completamente envolventes, as personagens são profundas e bem construídos e a sua escrita é viciante. Estranhamente viciante... O seu ponto forte, na minha opinião, é o facto de, em todos os livros, as personagens principais (femininas) serem negras, fortes e muito corajosas. Mulheres que ficam na memória.

A trama do livro está bem construída e os capítulos bem divididos, existindo lapsos no tempo que são bem explicados e localizados. Neste livro não existiu uma tão grande incidência no romance, mas sim na resolução do assassinato de Joel e dos problemas que vieram depois.

Saffron é uma mulher atormentada. Uma mulher atormentada pela morte do marido, pelo silêncio do filho, pela indiferença e rebeldia da filha e pelas suas próprias fraquezas. Mas é isso que a torna tão perfeita. É uma mulher de armas que não desistiu enquanto não descobriu os vários mistérios que lhe foram aparecendo.

Dorothy Koomson, como sempre, não desilude. Recomendo.

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