quinta-feira, 20 de março de 2014

[Opinião] "O Peso da Fama", de Tara Hyland

Sinopse: Uma criança indesejada
São Francisco, 1958. Numa noite fria de dezembro, um bebé é deixado no Orfanato das Irmãs de Caridade, em Telegraph Hill.

Um enigmático suicídio
Um ano mais tarde, a famosa atriz Frances Fitzgerald decide pôr termo à vida. Correm vários rumores alegando que o marido, Maximilian Stanhope, um empresário abastado, sabe mais do que revela, mas nada é provado.

Um segredo terrível
Qual a relação entre estes dois acontecimentos? É essa a resposta que Cara, a filha de Frances, se predispõe a descobrir. Abandonada pela mãe aos sete anos, viveu uma infância ensombrada pelo sofrimento e pela perda. Mais tarde, encontra alguma realização a trabalhar como jornalista, porém, continua a debater-se com a falta de confiança que tem nos outros, e cada vez mais se convence de que descortinar o segredo por detrás da morte da mãe é a única forma de apaziguar os seus demónios. Irá a verdade destroçá-la ou serão inquebrantáveis os laços entre mãe e filha?



Opinião:
Este é o primeiro livro que leio de Tara Hyland. Conheço o outro título "Filhas da Fortuna", mas nunca tive oportunidade de o adquirir. Depois de ler este livro não posso deixar passar mais tempo.

"O Peso da Fama" alia uma capa lindíssima com uma narrativa de fazer derreter até o coração mais duro. 
Este é um livro muito difícil de opinar porque fala da separação de uma mãe e de uma filha. Mesmo que tenha sido pelo "bem maior", é complicado compreender o que leva uma mãe a abandonar a filha e a nunca mais dar sinal de vida.

Este livro aborda uma doença que eu desconhecia - Doença de Huntington. A Doença de Huntington é uma doença hereditária do cérebro que se caracteriza por uma combinação de alterações motoras, emocionais e cognitivas.

Além de ser um livro "grande" lê-se num sopro. A escrita é acessível e as personagens são muito fortes e com carácter.

Se quiserem descobrir mais leiam o livro. Não se vão arrepender.

terça-feira, 18 de março de 2014

[Opinião] "A Guerra Eterna", de Joe Haldeman

Sinopse: Em 1997 a Terra entra pela primeira vez em contacto com os extraterrestres tauranos. Este encontro marca o início de uma guerra impiedosa. As autoridades terrestres decidem enviar um contingente de elite, e preparam um programa de treino quase inumano, destinado a produzir soldados capazes de aguentar tudo.
William Mandella é um desses soldados.
A fim de viajar até à frente de batalha, os soldados têm de atravessar portais chamados collapsars, que causam uma distorção espáciotemporal, fazendo com que o tempo subjetivo da nave seja mais lento que o tempo «real» do universo. Ou seja, quando Mandella regressa a casa após dois anos, quase três décadas passaram na Terra. E conforme viajam para mais longe, maior é a dilatação, passando de décadas para séculos inteiros.
A luta mais cruel que estes soldados terão de travar será a sua batalha pessoal contra o tempo.





Opinião:
Logo no principio do livro fiquei rendida ao escritor. Temos uma prefácio escrito John Scalzi, um velho amigo de Joe Haldeman e depois temos uma introdução feita pelo próprio escritor a respeito de "A Guerra Eterna". E depois começa a verdadeira diversão.

No inicio da narração conhecemos o Soldado Mandella que acompanhamos ao longo de centenas de anos (um ano na Terra é referente a 10 anos no longínquo espaço - collapsars, ou saltos no tempo) e que se mantém uma personagem constante e divertida. Quando, em 1997, a Terra entrou em guerra com os Tauranos todos os recursos disponíveis foram direccionados para esse fim. Homens, tecnologia, alimentos. A única coisa que interessava era ganhar uma guerra passada a milhões de anos-luz e que matava centenas por ano. Vemos Mandella a passar de mero soldado até major - isto antes dos 30 anos - e a sobreviver a tudo. Por fim teve direito ao seu final feliz. 

Eu gostei muito de ler este livro. A escrita não é maçuda. A razão de eu dar 4 estrelas ao livro foram unicamente as descrições. Mas não as descrições das paisagens - muito bem feitas! - mas sim dos termos práticos da guerra. Raiou o exagero e retirou-me algum prazer da leitura.... 

Mas não deixo de o recomendar a todos os fãs de ficção científica!

sexta-feira, 7 de março de 2014

[Opinião] "Legend", de Marie Lu

Sinopse: Outrora conhecida como a costa ocidental dos Estados Unidos, a República é agora uma nação em guerra permanente com as vizinhas, as Colónias. 
Nascida numa família de elite num dos distritos mais abastados da República, June, aos quinze anos, é um prodígio militar. Obediente, entusiasmada e dedicada ao seu país, está a ser aperfeiçoada para fazer parte dos círculos mais elevados da República. 
Nascido num dos bairros de lata do Setor Lake da República, Day, também com quinze anos, é o criminoso mais procurado da República. Mas talvez os seus motivos não sejam tão maliciosos quanto parecem. Pertencendo a mundos muito diferentes, não há motivo algum para que os caminhos de June e Day se cruzem - até ao dia em que o irmão de June, Metias, é assassinado, e Day se torna o principal suspeito. Agora, apanhado no derradeiro jogo do gato e do rato, Day corre pela sobrevivência da sua família, enquanto June tenta desesperadamente vingar a morte do irmão. 
Contudo, numa reviravolta chocante, os dois descobrem a verdade daquilo que verdadeiramente os levou a encontrarem-se, e a que ponto a nação de ambos está disposta a chegar para manter os seus segredos. 
Repleto de ação imparável, suspense e romance, o fascinante primeiro romance de Marie Lu irá certamente comover e arrebatar os leitores.



Opinião:
Legend é uma distopia que junta um criminoso adolescente a um génio das elites.

Numa época em que um teste decide o futuro, June é um pródigo. Foi a única pessoa a obter 1500 pontos no teste que fez aos 10 anos e, por isso, toda a gente espera que ela siga a vida militar e que que chegue ao topo. Mas, na realidade, ela não foi a única pessoa a obter 1500 pontos. Day também o conseguiu. Mas ao contrário de June foi enviado para um hospital para ser alvo de experimentos. Quando o irmão de June, Metias, é assassinado todo aponta para Day. E June vai caça-lo. E é neste momento que as vidas de ambos se entrelaçam.

Quando li que esta distopia iria agradar aos fãs de "Jogos da Fome" tive medo que fosse uma cópia, mas estava enganada. A única coisa em comum é o facto de se passar numa América futura. Não temos triângulo amoroso, nem combates mortais.

Marie Lu criou um mundo maravilhoso, com personagens maravilhosas e acção real. Tenho pena é que tenha acabado tão rápido. A escrita é viciante e simples. Sem floreados, nem descrições cansativas. 

Estou ansiosa pela publicação do 2º volume e, com toda a certeza, que o vou devorar.

terça-feira, 4 de março de 2014

[Opinião] "A Cidade dos Ossos", de Cassandra Clare

Sinopse: No Pandemonium, a discoteca da moda de Nova Iorque, Clary segue um rapaz muito giro de cabelo azul até que assiste à sua morte às mãos de três jovens cobertos de estranhas tatuagens.
Desde essa noite, o seu destino une-se ao dos três Caçadores de Sombras e, sobretudo, ao de Jace, um rapaz com cara de anjo mas com tendência a agir como um idiota...














Opinião:
Ok. Isto de começar uma leitura com elevadas expectativas não funciona... 90% das reviews que li sobre este livro são super positivas e isso aumentou a minha expectativa e vontade de o ler. E fiquei desiludida.

Eu não consigo entender porque é que metade dos protagonistas deste tipo de livro são adolescentes. Não consigo mesmo. Toda a gente sabe que os adolescentes são imaturos, impulsivos, que não pensam nas coisas que fazem e, muitos deles, não sabem o que querem. E, neste livro, isso é bem visível.

A Clary é uma miúda incompreendida que nunca conheceu o pai e cuja mãe lhe esconde coisas. O seu melhor amigo, Simon, está apaixonado por ela há anos (onde é que já vi isto) mas ela nunca percebeu e agora está caidinha pelo Jace. O Jace viu o pai morrer aos 10 anos. Com 17 anos é arrogante, inconsequente, rebelde. Não quer saber das regras para nada. O Simon foi a personagem que mais gostei. Além de ser um "mundi" - factor depreciativo na opinião do Jace - esteve sempre ao lado da Clary e nunca a abandonou. Gostava muito que ele tivesse um final feliz, mas não com a Clary. Penso que ela já teve bastante tempo para perceber o amor dele e nunca o viu, ou quis ver.

Na minha opinião Cassandra Clare enrolou muito a história. Aconteceu tanto em tão pouco tempo, mas o que mais vimos foram ciúmes, cenas adolescentes e picardias. Claro que não tiro o mérito à escritora pelo mundo que criou. É uma ideia inovadora e muito bem conseguida. Todas as novas raças, todos os novos mundos dão muito pano para manga. É pena é que haja um triângulo amoroso. Penso que isso só serve para complicar as coisas já de si complicadas.

Demorei bastante tempo a ler este livro porque não me conseguiu puxar e as personagens me frustraram mas, depois de ver o filme, tenho de dar 3 estrelas ao livro.