terça-feira, 28 de outubro de 2014

[Opinião] "O Palácio de Inverno", de Eva Stachniak

Sinopse: Quando Vavara, uma jovem órfã polaca, chega à ofuscante e perigosa corte da imperatriz Isabel em Sampetersburgo, é iniciada em tarefas que vão desde o espreitar pela fechadura até à arte de seduzir, aprendendo, acima de tudo, a ser silenciosa - e a escutar.
Chega, então, da Prússia Sofia, uma frágil princesa herdeira, a potencial noiva do herdeiro da imperatriz. Incumbida de a vigiar, Vavara em breve se torna sua amiga e confidente e ajuda-a a mover-se por entre as ligações ilícitas e as volúveis e traiçoeiras alianças que dominam a corte.
Mas o destino de Sofia é tornar-se a ilustre Catarina, a Grande. Serão as suas ambições mais elevadas e de longo alcance? Será que nada a deterá para conquistar o poder absoluto?






Opinião:
Barbara, ou Vavara é uma jovem orfã que, depois do seu pai morrer vai viver para a corte Russa. Este é o principio de uma vida que ela não escolheu. Vavara tem um dom para ouvir tudo e não ser notada. Esta é uma característica que a fará entrar numa vida de espionagem e mentiras. Ela será a espia da Imperatriz Catarina. Quando a princesa alemã Sophie chega à corte para se casar com o Imperador Paulo, Vavara torna-se a sua melhor amiga e uma das pessoas que a irá ajudar a destronar o marido do trono.

São mais de 500 páginas de intrigas e mentiras que nos farão sobressaltar e temer pela vida de Vavara. Ao longo de mais de dez anos veremos a amizade de Vavara e da futura Catarina, a Grande a florescer e mais tarde a esmorecer. Conhecemos Catarina quando ainda era uma jovem ingénua, uma jovem que acreditava no amor e na amizade. Vemos Catarina a tornar-se amarga e vingativa. 

Eva Stachniak foi uma revelação. Este é um livro que se devora em pouco tempo. A escrita da autora é viciante e sem floreamentos. 

Para quando o segundo livro?

Recomendo.

[Opinião] "Divina", de P.C. Cast

Sinopse: Não é um talento para a jardinagem que faz as rosas da família Empousai desabrocharem há séculos, mas sim as gotas de sangue que as mulheres derramam em segredo pelos seus jardins. Mikki, porém, prefere esquecer essa peculiaridade e levar uma vida normal. Até ao dia em que, sem querer, realiza um ritual e acaba num reino estranhamente familiar: o Reino das Rosas. De acordo com Hécate, a deusa desse reino, Mikki tem nas veias o sangue de uma suma sacerdotisa, e o Reino das Rosas já esperava por ela. Num acesso de raiva que Hécate teve muito antes, ela amaldiçoou o seu guardião com um sono do qual ele poderá despertar apenas por intermédio de uma das suas sacerdotisas. E a deusa conta com Mikki para colocar as coisas em ordem. A princípio, o guardião-fera deixa Mikki apavorada; porém, em breve a fascina mais do que qualquer outro homem já conseguiu. A única forma de ele e do reino serem salvos, contudo, é se Mikki sacrificar o seu sangue e a sua vida.



Opinião:
Provavelmente um dos melhores livros que já li de P.C. Cast. A série "Goddess Summoning" é uma das melhores de P.C. Cast. Todas as mulheres já sonharam em acordar um dia e descobrirem serem Deusas. Eu, pelo menos já.

P.C. Cast tem o dom de criar histórias que nos encantam pela sua simplicidade, de criar personagens que nos fazem sentir vontade de as proteger e que também nos fazem emocionar. Tem uma escrita simples e que cumpre bem aquilo a que se propõe: entreter. 

Foi um livro que gostei de ler e espero que continuem a editar esta série cá em Portugal. De preferência com os seus títulos originais e com outras capas.

[Opinião] "Meu Único Amor", de Cheryl Holt

Sinopse: Um belo desconhecido... um coração destroçado... o amor de uma vida.

A jovem Maggie Brown viajou até uma estância balnear, com a esperança de esquecer a dor causada pela recente morte da mãe. Nunca imaginou que a sua agridoce estada a submetesse ao abraço mágico de um misterioso desconhecido, ou que ele apenas lhe deixasse recordações. Contudo, em seguida, por ironia do destino, reuniu-se ao homem que tanto amava - que lhe tinha dado o coração, mas não o seu nome.
Para escapar a pressões familiares, o marquês de Belmont disfarçou-se de plebeu a fim de passar umas férias à beira-mar - e perdeu o coração para uma mulher com quem nunca poderia casar. No entanto, determinado a que nenhum outro homem a possuísse, arrastou-a para um amor apaixonado que em breve se transformou em mágoa. Agora, embora receie que possa ser demasiado tarde, jura convencer Maggie de que trocará sem hesitar o seu legado por toda a vida nos braços dela.


Opinião:
Este é o primeiro e, provavelmente, o último livro que leio de Cheryl Holt.

A relação entre Maggie e o idiota do marquês de Belmont é tudo o que uma relação não deve ser: abusiva, enganadora, possessiva. Maggie é uma menina. Sem tirar nem pôr. Uma menina que se deixou fascinar por um homem mais velho e atraente. Uma menina que sofreu por um homem que a colocou sempre em 2º lugar em detrimento da boa vida e dos seus "deveres" como marquês. Mas o que é um título em comparação com o verdadeiro amor? O nosso pequeno marquês descobriu a resposta a esta pergunta. Mas, na minha opinião, tarde demais.

Cheryl Holt pecou na relação que criou entre estes dois. E no final tentou redimir-se da pior forma possível: matando um dos melhores personagens do livro só para a Maggie e Adam ficarem juntos. Um grande erro.

Esta leitura foi uma má experiência. Tão cedo não cometerei o mesmo erro.

[Opinião] "Corrida Perversa", de Janet Evanovich

Sinopse: A vida pacata de Lizzy Tucker está prestes a ser virada do avesso, quando Diesel, o seu espetacular e maravilhoso parceiro nas investigações do sobrenatural, a desafia para salvar o mundo. Uma vez mais.Depois de terem encontrado a Pedra da Gula, a chef de pastelaria e o mais sexy caçador de recompensas do oculto de Boston continuam à procura das restantes seis pedras Saligia que, segundo as lendas, detêm o poder de cada um dos sete pecados mortais.Quando Gilbert Reedy, professor da Universidade de Harvard, é misteriosamente assassinado e atirado da varanda do 4.º andar da sua casa, pistas ligam o homicídio a Wulf Grimoire, uma figura do lado negro com quem Lizzy e Diesel já se haviam cruzado. Wulf está determinado em reunir as sete pedras para, com o seu poder, dominar o mundo, e desconfia-se precisamente que Reedy foi morto às suas ordens por estar a investigar a Pedra da Luxúria.Seguindo as pistas que constam de um críptico livro de sonetos do séc. XIX, Lizzy e Diesel partem à descoberta da Pedra, que se pensa estar investida do poder da luxúria, deixando atrás de si um rasto de sepulturas profanadas, distúrbios da ordem pública e o caos generalizado. Uma caça ao tesouro divertida, cheia de ação e de leitura imparável, ao estilo inconfundível e original de Janet Evanovich.


Opinião:
Lizzy está novamente em apuros. Depois de, juntamente com Diesel, ter encontrado a Pedra da Gula tem novamente de encontrar outra pedra. A pedra da Luxúria. 

Janet Evanovich escreveu uma série que se lê de um fôlego. É uma série em que não é necessário grande concentração, nem inteligência. As personagens são pouco desenvolvidas e existem algumas que são um pouco irreais. As coisas acontecem muito rapidamente, o que faz com que a acção seja alucinante e pouco desenvolvida.

É um bom entretenimento e serve para limpar a mente. Vou continuar a seguir esta série.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

[Opinião] "O olhar de Sophie", de Jojo Moyes

Sinopse: Somme, 1916. Sophie vive numa vila ocupada pelo Exército alemão, tentando sobreviver às privações e brutalidade impostas pelo invasor, enquanto aguarda notícias do marido, Édouard Lefèvre, um pintor impressionista, que se encontra a lutar na Frente. Quando o comandante alemão vê o retrato de Sophie pintado por Édouard, nasce uma perigosa obsessão que leva Sophie a arriscar tudo – a família, a reputação e a vida. Quase um século depois, o retrato de Sophie encontra-se pendurado numa parede da casa de Liv Halston, em Londres. Entretanto, Liv conhece o homem que a faz recuperar a vontade de viver, após anos de profundo luto pela morte prematura do marido. Mas não tardará que Liv sofra uma nova desilusão - o quadro que possui é agora reclamado pelos herdeiros e Paul, o homem por quem se apaixonou, está encarregado de investigar o seu paradeiro… Até onde estará disposta Liv a ir para salvar este quadro? Será o retrato de Sophie assim tão importante que justifique perder tudo de novo?



Opinião:
Para uma estreia penso que escolhi lindamente o livro que iria ler. "O Olhar de Sophie" é mais de que um livro sobre um quadro. É um livro sobre o amor e o ódio, sobre a justiça e a injustiça. É um livro que transcende décadas e que encanta pela sua história cheia de força e crueldade.

Sophie é uma francesa que vê a sua vida virada do avesso quando a sua vila é ocupada pelos alemães durante a 1ª Guerra Mundial. As coisas ainda pioram mais quando o comandante dos alemães é atraído pelo quadro que a retrata. Esse quadro foi pintado por Édouard Lefèvre, o seu marido que está na guerra a lutar contra aquelas que naquele preciso momento estão a dormir na sua vila. Setenta anos depois o quadro de Sophie adorna o quarto de Liv. Uma viúva com problemas de dinheiro e com falta de trabalho.

A vida destas duas mulheres une-se por causa deste quadro e, durante mais de 400 páginas, conhecemos a vida de Sophie e de Liv. Conhecemos as suas dificuldades e compreendemos o porquê de terem feito certas coisas. Principalmente a Sophie.

Recomendo.

[Opinião] "Tornado", de Sandra Brown

Sinopse: Bellamy Lyston tinha apenas doze anos quando a irmã mais velha, Susan, foi morta num dia de feriado tempestuoso em finais de Maio. Atualmente, dezoito anos mais tarde, Bellamy escreveu um livro de grande sucesso que se baseia no assassínio de Susan. Uma vez que o livro se tinha inspirado no trágico acontecimento que continua a amargurar a sua família, ela decidiu publicá-lo sob um pseudónimo, a fim de os proteger de uma publicidade indesejada. Mas quando um repórter oportunista descobre que o livro é baseado em factos verídicos, a identidade de Bellamy é revelada a par do escândalo da família. Além disso, Bellamy torna-se alvo de alguém sem escrúpulos que, ou por querer que a verdade subjacente ao assassinato de Susan continue por desvendar ou, ainda mais ameaçador, por estar determinado a vingar-se por um homem acusado e condenado injustamente. Para poder identificar quem anda a assediá-la, Bellamy vê-se confrontada com os fantasmas do seu passado, entre os quais se inclui Dent Carter, o namorado instável e irresponsável de Susan - um dos primeiros suspeitos de ter cometido o crime. Dent, com esta e outras máculas no seu passado, está firmemente decidido a limpar o seu nome, para o que precisa da memória bloqueada de Bellamy. Contudo, as suas recordações, até então bloqueadas - depois de desbloqueadas - constituem novos perigos imprevisíveis.


Opinião:
Este foi o primeiro livro que li de Sandra Brown e, até um quarto do livro estava maravilha. E depois cheguei ao final e fiquei tipo... O que é isto?! Não sei o que se passou na cabeça da escritora mas não era nada daquilo que eu estava à espera.

Susan, a irmã mais velha de Bellamy foi assassinada num dia de feriado que ficou marcado por uma tempestade. Dias mais tarde o alegado assassino de Susan foi preso e acabou por morrer na prisão. Anos mais tarde Bellamy decidi contar a história da sua família num livro sob um pseudónimo. Esse livro irá trazer à tona todos os segredos e todas as mentiras que foram contadas a partir daquele dia.

Gostei da escrita da autora. Não é uma escrita que nos cative por aí além, mas entretém. E esse é um ponto positivo.

A história está bem construída até chegarmos à parte final onde descobrimos quem é o assassino de Susan. Mas, peço desculpa pelo spoiler mas não tenho outra forma de explicar, como é possível uma pessoa que corta os pulsos conseguir confessar um assassinato? Uma confissão que foi um pouco longa, com conversa à mistura. Para mim não tem sentido e a autora perdeu logo alguns pontos por causa disso.

[Opinião] "Histórias dos Sete Reinos", de George R. R. Martin

Sinopse: Nos últimos dias do reinado do Rei Daeron, com os Sete Reinos em paz e a dinastia real Targaryen no seu apogeu, conhecemos a história de um jovem escudeiro de nome Dunk que parte em busca de fama e glória num dos mais famosos torneios de Westeros. Mas ele desconhecia que o destino pode pregar estranhas partidas e que o caminho para a honra e nobreza em Westeros está ladeado não só de perigos, mas também de amizade e coragem. Quando conhece Egg, um rapaz misterioso e inteligente, mal sabe que os laços estreitos que forma com ele irão mudar a sua vida para sempre. Com Histórias dos Sete Reinos George R. R. Martin transportar-nos para o mundo fascinante e repleto de intrigas de Westeros, com a mesma mestria com que escreveu a sua obra-prima: A Guerra dos Tronos.





Opinião:
Eu sei que isto vai soar um pouco estranho mas... Este é o primeiro livro que eu leio sobre o mundo de Westeros. Ainda não tive a oportunidade de ler os livros da série "A Guerra dos Tronos", mas foi seguidora da série. Por essa razão considerei-me como apta para ler este livro que é passado uns bons aninhos antes da acção da série.

Neste livro acompanhamos a vida do escudeiro Dunk que tem o sonho de se tornar um cavaleiro de Westeros. Depois de conhecer o jovem Egg a sua vida dá uma alta de 360 graus e começa a ver o mundo como ela realmente é. Cheio de perigos, mas também de amizade, compreensão e justiça. 

É possível perceber por este pequeno livro que George R. R. Martin tem uma escrita acessível mas também crua e real. Foi um livro que gostei de ler e vou tentar arranjar um tempinho para me dedicar a sua série mais famosa.

Recomendo.

[Opinião] "Um Avisão sem Ela", de Michel Bussi

Sinopse: 1980. Na sequência de um trágico acidente de avião nas montanhas, as equipas de salvamento encontram apenas um sobrevivente: um bebé de três meses. Mas iam dois bebés de três meses no avião, duas meninas, ambas louras, de olhos azuis. Qual delas é a sobrevivente? 
As duas famílias, de meios completamente distintos, disputam violentamente a custódia da menina e cabe a um juiz determinar se ela é Emilie ou Lyse-Rose. Para que se declare uma das meninas viva, a outra tem de ser declarada morta. Numa época anterior aos testes de ADN, ninguém sabe se a decisão tomada está correta. 
Dezoito anos mais tarde, um detetive privado alega ter chegado ao fundo da questão, mas depois é assassinado. Toda a sua pesquisa está registada num caderno que deixa. Um Avião sem Ela é a história de uma investigação para descobrir a verdadeira identidade do bebé sobrevivente e o efeito que esta história trágica teve nos membros da família que continuam a disputá-lo.



Opinião:
"Um Avião sem Ela" é um livro que é difícil de comentar. O ritmo é tão alucinante e as coisas acontecem tão depressa que, por vezes, ficamos perdidos. E depois de ficamos perdidos, ficamos de boca aberta pela forma inteligente como o escritor conduziu a história e as personagens.

É um livro magnifico e muito bem escrito. As personagens estão muito bem construídas e todas tem uma coisa em particular que contribui para a história - principalmente a Malvina e o Marc.

No dia 23 de Dezembro de 1980 um avião cai numa montanha. Nesse avião iam a bordo duas meninas de olhos azuis e cabelos loiros mais ou menos da mesma idade. Só uma sobrevive. 
Duas famílias de classes sociais diferentes enfrentam-se em tribunal para conseguir a guarda da menina e conseguirem provar que se aquele bebê é a Lyse-Rose ou a Emilie. Passados vinte anos, o detective privado contratado pela família Carville é encontrado assassinado pouco depois de ter feito um telefonema a Mathilde de Carville a dar conta da sua descoberta. Mas que descoberta foi essa?

Ao longo de mais de 400 páginas acompanhamos Marc Vitral nas suas tentativas de descobrir a verdade por trás da queda do avião. Descobrimos segredos que estão escondidos por uma camada de pó com mais de quinze anos. 
Como já referi no início desta opinião, o ritmo deste livro é completamente alucinante e é muito difícil de o largar. 

Tenho também a dizer que, na minha opinião, a capa da edição portuguesa é a mais bonita de todas as edições. Até da original.

Recomendo.